As Nações Unidas emitiram um comunicado expressando “profunda preocupação” com a situação na Cisjordânia após operações militares de Israel em Jenin.
Thameen Al-Kheetan, do Escritório da ONU para Direitos Humanos disse que os militares israelenses usaram “força letal desproporcionalmente” causando a morte de 12 civis palestinos e ferindo pelo menos 40 pessoas, nessa semana.
Investigação independente e prestação de contas
Dentre os feridos estão um médico e duas enfermeiras, segundo a organização Crescente Vermelho Palestino.
O comunicado inclui vários bombardeios e até disparos com arma de fogo contra residentes desarmados que tentavam fugir do tiroteio.
Para a ONU, os incidentes violam a lei internacional de direitos humanos quando Israel tem a obrigação de proteger a população no território palestino.
O Escritório de Direitos Humanos da ONU pediu uma investigação independente de todos os assassinatos. Eles afirmam que Israel estaria arriscando o encorajamento de recorrências desses crimes ao falhar na prestação de contas de suas forças militares.
Conselho de Segurança e cessar-fogo
As Nações Unidas pediram o fim imediato da violência na região e aos países, com influência, que façam de tudo para garantir a paz no Oriente Médio.
A diretora do Centro de Informação da ONU em Genebra, onde fica a sede do Escritório de Direitos Humanos, Alessandra Vellucci, lembrou que o Conselho de Segurança emitiu uma declaração, em 20 de janeiro, afirmando que a situação na Cisjordânia segue piorando.
A área é administrada pela Autoridade Palestina enquanto Gaza é controlada pelo Hamas.
Para a ONU, os incidentes podem acabar repercutindo sobre o cessar-fogo em Gaza. E, além disso, os assentamentos de colonos israelenses na Cisjordânia são ilegais e devem ser eliminados.
Fonte: ONU
