Saturday, December 13, 2025
HomeAngola Lança Fundo Pan-Africano de Infra-estruturas de 500 Milhões de Dólares em...

Angola Lança Fundo Pan-Africano de Infra-estruturas de 500 Milhões de Dólares em Parceria com a Gemcorp

[ai_summary timestamp=”09/12/2025 às 14:31″ summary=”Um novo Fundo Pan-Africano de Infraestruturas, sediado em Abu Dhabi, foi lançado pelo Fundo Soberano de Angola e pela gestora britânica Gemcorp, com um valor inicial de 500 milhões de dólares. O objetivo é atrair investimento privado global para setores estratégicos em vários países africanos, como minerais críticos, energia, água e segurança alimentar. O Fundo pretende mobilizar mais investidores internacionais, fora dos mercados saturados dos EUA e Europa. Angola procura atrair investidores do Golfo e de outras regiões interessadas nas oportunidades do continente. O FSDEA comprometeu-se com uma participação inicial de 50 milhões de dólares, podendo aumentar para 200 milhões, enquanto a Gemcorp contribuirá com até 50 milhões. O Fundo terá sede em Abu Dhabi, refletindo o crescente interesse do Golfo por África.”]

<

p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Novo veículo de investimento, sediado em Abu Dhabi, pretende atrair capital privado global para sectores estratégicos africanos, incluindo minerais críticos, energia, água e segurança alimentar.

O Fundo Soberano de Angola (FSDEA) e a gestora britânica Gemcorp anunciaram o lançamento de um novo Fundo Pan-Africano de Infra-estruturas, no valor inicial de 500 milhões de dólares, destinado a financiar sectores estratégicos em vários países africanos. A iniciativa, apresentada em Abu Dhabi e Londres, visa atrair maior participação do sector privado global num momento em que a competição por minerais críticos, activos energéticos e infra-estruturas essenciais está a aumentar.

Fundo Arranca com 500 Milhões e Procura Capital Global para Projectos Críticos

O novo veículo de investimento — o Pan-African Infrastructure Fund — começa com contribuições do FSDEA e da Gemcorp, mas tem como objectivo mobilizar os restantes montantes junto de investidores internacionais que procuram diversificar para além dos mercados saturados dos Estados Unidos e Europa.
Armando Manuel, presidente do FSDEA, afirmou que Angola está a “semear capital” para atrair investidores do Golfo e outros actores globais interessados nas amplas oportunidades do continente. A estratégia é posicionar o fundo como catalisador de investimentos em minerais críticos, segurança alimentar, água, energia renovável e infra-estruturas de transição energética.

O FSDEA comprometeu uma participação inicial de 50 milhões de dólares, que poderá aumentar até 200 milhões, enquanto a Gemcorp aportará até 50 milhões.

Sede em Abu Dhabi Reflecte Crescimento do Interesse do Golfo por África

O fundo terá sede em Abu Dhabi, num claro movimento para captar o crescente fluxo de capitais do Médio Oriente para África.
A região do Golfo, incluindo Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, tem intensificado a aquisição de activos estratégicos no continente, especialmente em energia, logística, minerais críticos, agricultura e infra-estruturas de larga escala.
Segundo a Gemcorp, o interesse é vasto, desde fundos de pensões nórdicos até family offices e investidores institucionais no Golfo.

A Gemcorp, com experiência de uma década em Angola, irá gerir os projectos através da sua plataforma africana, reforçando o carácter operacional do novo fundo.

FSDEA Procura Reposicionar-se Após Escândalos e Reformas de Governação

O FSDEA, criado em 2011 com cinco mil milhões de dólares provenientes das receitas petrolíferas e diamantíferas angolanas, viveu anos de turbulência marcados por investimentos duvidosos, alegações de má gestão e falta de transparência.
O escândalo culminou em 2020 com a condenação de José Filomeno dos Santos, então presidente do fundo, a cinco anos de prisão por fraude e desvio de fundos.

Armando Manuel sublinhou que a actual estratégia assenta na melhoria da governação, na transparência e na diversificação do portefólio, actualmente ainda concentrado em títulos e activos financeiros nos mercados norte-americano, europeu e asiático.
O novo fundo de infra-estruturas representa, assim, um esforço para expandir o alcance estratégico do FSDEA e reposicionar Angola como um actor relevante na arquitectura financeira africana.

África Ganha Novo Veículo Para Projectos de Infra-estruturas em Escala

A criação do Pan-African Infrastructure Fund surge num momento em que vários países africanos enfrentam défices persistentes de investimento em infra-estruturas, estimados em mais de 100 mil milhões de dólares anuais.
Ao captar capital privado internacional e articulá-lo com necessidades críticas — desde logística e energia até minerais estratégicos — o fundo poderá reforçar a capacidade dos governos africanos para financiar projectos transformadores e reduzir constrangimentos de competitividade.

Com a crescente competição global por recursos minerais e cadeias de valor da transição energética, o novo fundo poderá tornar-se um elemento-chave na estratégia africana de integração, industrialização e resiliência económica.

Fonte: O Económico

Artigos Relacionados

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

- Advertisment -
Google search engine

Recentes