[ai_summary timestamp=”18/09/2025 às 17:00″ summary=”Um estudo da Deloitte revela que metade dos diretores financeiros das maiores empresas de Moçambique mantêm uma visão otimista para o futuro, apesar da instabilidade política, riscos cambiais e incerteza global. Os CFO acreditam em sinais de recuperação, baseados em estratégias de resiliência e prudência financeira, projetando um crescimento económico moderado de 2,5% em 2025 e 3,5% em 2026. Prioridades estratégicas incluem redução de custos, digitalização e financiamento interno, com cautela em relação a riscos adicionais. A incerteza global é um fator relevante, com preocupações sobre flutuações cambiais e riscos geopolíticos. Empresas adotam medidas preventivas para garantir estabilidade num ambiente incerto, combinando otimismo moderado com prudência estratégica no contexto económico desafiante de Moçambique.”]
Estudo da Deloitte revela expectativas de crescimento, apesar da instabilidade política, riscos cambiais e incerteza global
Metade dos directores financeiros das maiores empresas moçambicanas mantém uma visão optimista para o futuro, segundo o estudo “CFO Survey Moçambique”, realizado pela Deloitte entre Abril e Maio de 2025. Apesar das manifestações pós-eleitorais, da falta de divisas e da desvalorização do metical, os CFO acreditam em sinais de recuperação, apoiados em estratégias de resiliência e prudência financeira.
De acordo com o inquérito, 50% dos CFO de grandes empresas moçambicanas afirmaram estar confiantes quanto ao futuro, mesmo num contexto marcado pela instabilidade política e social. As projecções apontam para um crescimento económico de 2,5% em 2025 e de 3,5% em 2026, valores considerados moderados mas consistentes com uma retoma gradual.
No curto prazo, 71% dos CFO esperam manutenção ou aumento das receitas, enquanto 68% prevêem estabilidade ou crescimento nas margens operacionais. Para enfrentar o ambiente desafiante, as prioridades estratégicas recaem sobre a redução de custos (86%) e a digitalização (71%), associadas à moderação das despesas operacionais e a investimentos em tecnologia.
O estudo mostra ainda uma preferência clara pelo financiamento interno (57%) e pelo capital próprio (54%) como principais fontes de investimento. Em contrapartida, a contratação de empréstimos bancários ou a emissão de obrigações são vistas como opções menos atractivas, reflexo de uma postura cautelosa face ao risco.
A incerteza global é outro elemento relevante. 84% dos CFO consideram elevado o nível de instabilidade financeira e económica, e 79% afirmam que este não é um momento propício para assumir riscos adicionais no balanço das suas empresas.
As flutuações cambiais (93%) e os riscos geopolíticos (86%) surgem como as maiores preocupações. A escassez de moeda estrangeira e a desvalorização do metical são apontadas como factores que exigem vigilância redobrada.
Para mitigar os riscos, muitas empresas têm adoptado medidas preventivas como planeamento de cenários, avaliações de impacto e reforço de processos internos de resiliência. Estas práticas são vistas como fundamentais para garantir estabilidade num ambiente ainda incerto.
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Segundo a Deloitte, a conjugação de optimismo moderado com prudência estratégica caracteriza a actual postura do tecido empresarial moçambicano: uma aposta no crescimento, mas com os pés assentes na realidade de um contexto económico ainda desafiante.
Fonte: O Económico

