Saturday, December 13, 2025
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Marrocos reforça investimento em Educação após pressão social

Marrocos aumenta orçamento para Educação e Saúde em 2026, destinando cerca de 140 mil milhões de dirhams, equivalente a 10% do PIB, em resposta a protestos por melhores serviços públicos e reformas educativas. O governo prioriza a formação de professores, infraestruturas escolares e redução de desigualdades regionais, mas a eficácia da medida depende da implementação e fiscalização dos recursos. Especialistas questionam se o investimento será suficiente para resolver a crise educativa ou se é apenas uma resposta temporária às pressões populares, num contexto onde a lacuna entre promessas políticas e realidade é significativa. Este movimento em Marrocos é observado com interesse noutros países africanos com desafios semelhantes.

Por: Alfredo Júnior

O governo de Marrocos anunciou um aumento significativo no orçamento dedicado à Educação e à Saúde para 2026, fixando o valor em cerca de 140 mil milhões de dirhams (aproximadamente 15 mil milhões de dólares), o equivalente a 10% do PIB nacional. A decisão surge na sequência de protestos liderados sobretudo por jovens, que exigem melhores condições nos serviços públicos e uma reforma estrutural no sistema educativo.

Nos últimos meses, várias manifestações expuseram o descontentamento popular face ao desemprego, à desigualdade e à perceção de que a educação já não garante mobilidade social. O governo foi pressionado a responder e, pela primeira vez em vários anos, assume publicamente a educação como eixo prioritário de investimento.

Segundo fontes governamentais, o novo orçamento prevê reforços na formação de professores, melhoria de infraestruturas escolares e combate às desigualdades regionais, sobretudo em zonas rurais. No entanto, especialistas alertam que a eficácia desta medida dependerá da capacidade de execução e da fiscalização dos recursos, num país onde a distância entre promessa política e realidade concreta é frequentemente grande.

Este movimento é observado com atenção noutros países africanos, onde os desafios são semelhantes. A questão central permanece: o aumento do investimento será suficiente para transformar um sistema educativo em crise ou trata-se apenas de uma resposta temporária à pressão das ruas?

 

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