[ai_summary timestamp=”09/12/2025 às 10:12″ summary=”Os preços internacionais do petróleo caíram, com o Brent a descer para 62,41 dólares por barril e o WTI para 58,75 dólares, devido à menor tensão na oferta e à expectativa de corte na taxa de juro pela Reserva Federal dos EUA. O retorno da produção no campo petrolífero West Qurna-2, no Iraque, contribuiu para esta descida, dissipando preocupações sobre perturbações na oferta global. As negociações de paz relacionadas com a guerra da Ucrânia também influenciaram, com a possibilidade de um plano revisto por Kiev e a redução do risco geopolítico. Analistas apontam para uma oferta robusta a pressionar o mercado, com potencial para aumentar os preços em caso de falha nas negociações ou para mantê-los estáveis com progressos concretos.”]
Brent cai para 62,41 dólares e WTI para 58,75 dólares, reflectindo menor tensão na oferta e prudência perante a decisão monetária da Reserva Federal.
Os preços internacionais do petróleo voltaram a cair esta terça-feira, pressionados pelos sinais de avanço nas negociações de paz relacionadas com a guerra da Ucrânia e pela expectativa de que a Reserva Federal norte-americana venha a cortar a taxa de juro directora esta semana.
Pressão Descendente com Retoma da Produção e Menor Risco na Oferta
As cotações do Brent recuaram para 62,41 dólares por barril, enquanto o WTI desceu para 58,75 dólares, estendendo as perdas superiores a 2% registadas na sessão anterior. O movimento é amplamente explicado pelo regresso da produção no campo petrolífero West Qurna-2, no Iraque, uma das maiores infra-estruturas de extracção a nível mundial, que havia estado temporariamente condicionada. O restabelecimento da produção dissipou expectativas de perturbações significativas na oferta global.
A leitura predominante entre analistas aponta para uma oferta suficientemente robusta para manter o mercado pressionado, reduzindo o espaço para movimentos ascendentes consistentes no curto prazo.
Diplomacia em Curso Reduz Prémio de Risco Geopolítico
As negociações de paz entre a Ucrânia e os seus parceiros ocidentais introduziram uma nova variável decisiva na formação das expectativas do mercado. Kiev deverá apresentar aos Estados Unidos um plano revisto, após encontros com líderes do Reino Unido, França e Alemanha, num momento em que os mercados avaliam o potencial impacto de um eventual desanuviamento do conflito na oferta energética russa.
Especialistas observam que o mercado reage de forma binária: um eventual fracasso das conversações poderá elevar os preços, ao passo que progressos concretos poderão pressionar as cotações, ao abrir espaço para maior previsibilidade no abastecimento global.
Em paralelo, o G7 e a União Europeia analisam substituir o actual mecanismo de price cap sobre as exportações de petróleo russo por uma proibição total de serviços marítimos associados, numa estratégia para reduzir as receitas energéticas de Moscovo.
Expectativa de Cortes na Taxa de Juro dos EUA Acrescenta Volatilidade
O mercado acompanha igualmente a reunião da Reserva Federal, com previsão de um corte de 25 pontos base, possibilidade à qual os investidores atribuem uma probabilidade de 87%. Em circunstâncias habituais, uma redução de juros contribui para estimular a procura energética, ao aliviar custos de financiamento e dinamizar a actividade económica.
Não obstante, analistas mantêm prudência quanto ao impacto imediato dessa decisão nas cotações, dado que a estrutura global do mercado continua ancorada por expectativas de excesso de oferta em 2026.
Cenário de Curto Prazo Mantém-se Prudente
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>A conjugação entre retoma da produção iraquiana, avanços diplomáticos na guerra da Ucrânia e expectativas de flexibilização monetária nos Estados Unidos sustenta um ambiente de volatilidade moderada, mas sem catalisadores que invertam a tendência baixista. Os preços deverão manter-se dentro da banda 60–65 dólares, até que haja maior clareza sobre o equilíbrio entre oferta, procura e risco geopolítico.
Fonte: O Económico

