[ai_summary timestamp=”10/12/2025 às 21:00″ summary=”O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, afirmou que a Faixa de Gaza continua a sofrer, rejeitando a ideia de que a "Linha Amarela" seja uma nova fronteira. Após a Resolução 2803, 2025 do Conselho de Segurança, que apoia um plano para acabar com o conflito, Turk enfatizou o sofrimento e medo em Gaza, com 360 palestinos mortos e 922 feridos desde o cessar-fogo. A violência perto da "Linha Amarela" resultou em deslocamentos, com mais de 350 ataques documentados, incluindo vítimas mulheres e crianças. Os ataques continuam a atingir civis e a população enfrenta uma grave crise de saúde mental, com quase todos traumatizados, especialmente as crianças. Turk expressou preocupação com os "níveis sem precedentes" de ataques no Dia Internacional dos Direitos Humanos.”]
Turk rejeita também qualquer sugestão de que a chamada “Linha Amarela”, criada por Israel no interior do território, represente uma nova fronteira.
“Linha Amarela” e novos deslocamentos
As declarações surgiram após a adoção, em novembro, da Resolução 2803, 2025, do Conselho de Segurança, que apoia um plano abrangente para pôr fim ao conflito.
Turk enfatizou que Gaza “continua a ser um lugar de sofrimento, perda e medo inimagináveis”, pois embora “o derramamento de sangue tenha diminuído, não parou”.
A maior parte da violência registrada na última semana concentrou-se nas proximidades da “Linha Amarela”, composta por blocos de concretos que foram deslocados.
Segundo a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, essas mudanças provocaram novas ondas de deslocamentos.
Vítimas mortais
Dados das autoridades de saúde de Gaza indicam que, desde a entrada em vigor do cessar-fogo, 360 palestinos foram mortos e 922 ficaram feridos. Foram ainda recuperados 617 corpos debaixo dos escombros.
O Escritório de Direitos Humanos documentou mais de 350 ataques no mesmo período, incluindo sete mulheres e 13 crianças entre as vítimas mortais.
Impacto humanitário e crise de saúde mental
Segundo Turk, os ataques continuam a atingir pessoas que se aproximam da “Linha Amarela”, edifícios residenciais, tendas e abrigos de deslocados, bem como outros alvos civis.
O alto comissário destacou ainda que a população de Gaza enfrenta “a mais grave crise de saúde mental que se pode imaginar”. Ele ressaltou que praticamente toda a população, especialmente as crianças, se encontra traumatizada.
Assinalando o Dia Internacional dos Direitos Humanos, nesta quarta-feira, Turk expressou profunda preocupação face aos “níveis sem precedentes” de ataques por parte das forças israelenses contra palestinos.
Fonte: ONU



