Iniciativa da Opas visa reduzir uso excessivo de serviços de saúde

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    Sala de espera de Hospital, Tegucigalpa, Honduras

    A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, anunciou uma parceria para lidar com testes e tratamentos excessivos ou desnecessários na América Latina e no Caribe.

    A colaboração envolvendo a Choosing Wisely Canada, CWC, pretende promover práticas de saúde baseadas em evidências, melhorar a qualidade do atendimento e a segurança dos pacientes em toda a região.

    Danos às pessoas e aos sistemas de saúde

    O uso excessivo de cuidados de saúde é um problema global marcado pelo uso frequente de testes e tratamentos que não beneficiam o paciente. Isso resulta em desperdício de recursos para famílias e sistemas de saúde e pode causar danos às pessoas.

    Por exemplo, as diretrizes canadenses e internacionais recomendam que os idosos usem benzodiazepínicos, ou pílulas para dormir, por no máximo seis semanas devido aos riscos de acidentes de carro, quedas e fraturas de quadril.

    Apesar disso, um estudo de 2017 do Instituto Canadense de Informações sobre Saúde descobriu que um em cada 10 idosos canadenses usa esses medicamentos regularmente.

    A diretora adjunta da Opas, Rhonda Sealey-Thomas, disse que “esta parceria representa um passo significativo em nossos esforços para fortalecer os sistemas de saúde nas Américas”.

    Unsplash/Roberto Sorin
    Cápsulas e comprimidos genéricos. (arquivo)

    Otimização de recursos

    Para ela o objetivo central é “otimizar a utilização de recursos em hospitais e centros de saúde em toda a região e melhorar os resultados dos pacientes”.

    A presidente da CWC, Wendy Levinson, disse que ao estabelecer “redes mais fortes” serão fortalecidos os esforços coletivos para “melhorar a qualidade e a segurança no atendimento e promover as melhores práticas”.

    A diretora adjunta da Opas e a presidente da CWC assinaram um Memorando de Entendimento formalizando a parceria de cinco anos a partir de julho de 2024.

    Aplicação de evidências

    O documento vigora até 31 de agosto de 2029, fornecendo uma estrutura para a colaboração contínua entre as duas organizações.

    Uma das principais atividades dentro da parceria será estabelecer e apoiar redes de especialistas e influenciadores comprometidos com a aplicação de evidências de pesquisa para reduzir intervenções de saúde prejudiciais e ineficazes.

    Outras ações envolvem apoiar agendas de pesquisa sobre qualidade e segurança dos cuidados de saúde e criar uma comunidade de aprendizagem para compartilhar conhecimento e recursos sobre o uso excessivo de cuidados de saúde.

    Fonte: ONU

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