Vulnerabilidade de África deve ser minimizada através da e integração comercial – UNCTAD

    0

    A policrise global continua a afectar severamente as economias africanas, expondo-as a choques externos que agravam a instabilidade financeira e comercial do continente. O Relatório sobre o Desenvolvimento Económico em África 2024, publicado esta segunda-feira, 10/02, pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), destaca que África está na linha da frente da exposição a choques económicos e comerciais e que o fortalecimento dos mercados regionais pode ser a chave para a resiliência.

    “A resiliência é a diferença entre o choque e o impacto; como construir resiliência em África é o foco deste relatório”, sublinha Rebeca Grynspan, Secretária-Geral da UNCTAD.

    Dependência de matérias-primas agrava exposição ao risco

    O relatório alerta que metade dos países africanos depende da exportação de petróleo, gás ou minérios para mais de 60% das suas receitas de exportação, tornando as economias altamente vulneráveis a choques nos mercados internacionais. Além disso, as rotas comerciais globais continuam a sofrer perturbações, levando a um aumento significativo dos custos logísticos. Em 2024, os custos de transporte marítimo em África registaram uma subida de 115% em relação aos níveis pré-pandemia e são o dobro da média de 2023.

    A conjuntura é ainda mais desafiante devido à redução da ajuda oficial ao desenvolvimento, que caiu 4,1% em 2022, e ao custo elevado do financiamento externo, com as taxas médias de juro da dívida africana a atingirem 11,6%, 8,5 pontos percentuais acima da taxa de referência dos EUA.

    África ainda marginal nas cadeias globais de valor

    Apesar de um crescimento contínuo das exportações africanas ao longo de seis décadas, a UNCTAD revela que a participação do continente em cadeias globais de valor de alto valor acrescentado continua muito baixa. Apenas 16 dos 54 países africanos obtêm mais de 0,5% dos seus insumos intermédios dentro do próprio continente, evidenciando a fraca integração regional.

    Fonte: O Económico

    SEM COMENTÁRIOS

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Exit mobile version